Você sabe como “It” se alimentava quando a Terra ainda não tinha humanos? 🎈
Quando caiu sobre a Terra — numa época em que o planeta mal compreendia o que significava estar vivo — encontrou criaturas primitivas: répteis desajeitados, anfíbios enormes, mamíferos que eram apenas sombras do que viria. E, mesmo assim, todos sabiam reconhecer o medo. Esse instinto foi suficiente para que It se alimentasse.
Não as devorava por fome física. O que buscava era a vibração pura do terror: o pânico de uma criatura que percebe, tarde demais, que algo impossível a encontrou. A carne era um detalhe. O medo era o banquete.
Durante eras inteiras, It caçou em silêncio. Nenhuma daquelas criaturas podia nomeá-lo, mas todas sabiam que algo na escuridão não pertencia a este mundo.
Quando os primeiros humanos — os povos originários da região que mais tarde se tornaria Derry — apareceram, It descobriu um sabor que jamais havia provado. Chamou-os de “os Homenzinhos”. Frágeis. Inocentes. Mas capazes de sentir um terror muito mais complexo do que qualquer besta pré-histórica.
Para extrair cada gota desse medo, It aprendeu a se moldar. A roubar formas. A se tornar aquilo que mais fere nossa mente: monstros de histórias contadas ao redor do fogo, figuras impossíveis, feridas vivas do inconsciente. E com o tempo, entre todas essas máscaras, encontrou uma especialmente útil: Pennywise, o Palhaço. Um sorriso que atrai. Um disfarce que desarma. Perfeito para se aproximar de quem produz o medo mais puro: as crianças.
It nunca passou fome antes dos humanos. Antes já reinava. Já se alimentava. Já aterrorizava. Mas quando nós chegamos, pela primeira vez conheceu o prazer.
Os humanos não fomos sua primeira presa… apenas nos tornamos a favorita.


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